Salão do Vestíbulo
O Vestíbulo é um salão completamente iluminado pela luz externa e abriga um incrível sítio arqueológico de pinturas rupestres, testemunho da presença de seus antigos habitantes. Este espaço possui as dimensões de 28,5 metros de comprimento, 21,4 metros de largura e 8,4 metros de altura.
Uma curiosidade interessante é que a logomarca do Monumento Natural Estadual Peter Lund foi inspirada nos desenhos encontrados nesse local.


Salão das Colunas
O ambiente do Salão das Colunas é artificialmente iluminado. Ao adentrá-lo, logo se percebe que a temperatura do ar é mais elevada em relação ao exterior, devido à sua única entrada, o que contribui para o condicionamento climático único na Caverna.
Dentro deste salão, é possível notar escavações no chão que remontam à extração de salitre, assim como a presença de imensas colunas e formações que estimulam a imaginação, como o curioso exemplo do espeleotema conhecido como “pão francês”. Vale ressaltar que a “coluna”, definida como a fusão de estalactites e estalagmites que preenche o espaço vazio na caverna, é uma das características marcantes deste local.
Salão do Trono ou do Altar
Este salão representa o segundo maior espaço dentro da Caverna, com impressionantes dimensões de 71,2 metros de comprimento, 37,6 metros de largura e 16,2 metros de altura. Logo à esquerda, a parede se destaca pela presença de uma tapeçaria gigantesca esculpida pela natureza, composta por uma imponente estalactite branca, radiante e de uma beleza fora do comum, como bem observado por Lund.
Localmente, este espeleotema é conhecido como “grande geleira” entre os guias. Dentro deste salão, os visitantes têm o prazer de comparar as enormes formações calcárias com as nuvens que povoam o céu, descobrindo uma miríade de animais entre elas. A imaginação corre solta ao identificar figuras de ursos, tigres, elefantes e morcegos. Além disso, dependendo do ângulo de observação, até mesmo uma coruja pode se transformar magicamente em um boi aos olhos dos visitantes.


Salão do Carneiro
Ao adentrar este salão, logo somos surpreendidos por um espeleotema imenso, cuja semelhança com um majestoso carneiro deu origem ao próprio nome do local. As dimensões desse salão são igualmente impressionantes, com 19 metros de comprimento, 21,4 metros de largura e 11,7 metros de altura.
Para facilitar a exploração, uma passarela de madeira foi construída nesse espaço, uma medida necessária devido à significativa quantidade de água que infiltra durante os períodos chuvosos. Justamente diante dessa passagem estreita, atrai o olhar um outro espeleotema grandioso, evocando a imagem de um majestoso elefante esculpido pela natureza.
Salão das Piscinas
Este salão notável, repleto de decorações encantadoras, surpreende os visitantes ao longo da sua visita. Durante os períodos mais pluviosos, as infiltrações transbordam nas piscinas de travertino, criando reflexos deslumbrantes das formações. Suas dimensões são igualmente impressionantes, com 24,6 metros de comprimento e largura, e uma altura de 19,4 metros.
O solo deste espaço é coberto por uma crosta de estalagmites com uma superfície ondulada, agregando uma textura única. À esquerda, uma passarela artificial guia os visitantes e, nessa direção, encontra-se o famoso “Véu da Noiva”. Esta formação, que persiste na memória de muitos turistas, continua a ser uma visão aguardada por aqueles que retornam à caverna, ansiosos por reencontrar sua beleza delicada e imponente.


Salão das fadas
Conforme relato de Peter Lund, este é indiscutivelmente o salão mais deslumbrante da caverna, com uma formação rochosa que evoca a imagem de um “Castelo das Fadas”, levando a que os antigos visitantes o chamassem de “Salão das Fadas”. Suas proporções são verdadeiramente marcantes, abrangendo 15 metros de comprimento, 33 metros de largura e 15 metros de altura. O espaço está dividido em duas partes, identificadas como 6a e 6b. A porção superior, 6a, é de altura mais reduzida e constitui o ponto final da caverna.
Dentro da área 6b, destaca-se uma impressionante placa de estalactites que se desprendeu do teto. Segundo a tradição popular, esse acontecimento remonta a aproximadamente 500 anos atrás. Neste salão foram encontrados os restos ósseos de diversas criaturas, entre elas a preguiça pequena (Nothrotherium maquinense). Vale notar que essa descoberta é o primeiro registro científico de um fóssil de mamífero no Brasil.
Salão Peter Lund
O sétimo salão, embora seja o maior na Caverna, exibe uma decoração mais discreta. No entanto, sua importância é inegável devido à notável quantidade de ossadas encontradas e que permanecem até hoje. Um destaque deste salão é a presença de um sumidouro que funciona como um sifão natural da caverna, proporcionando a saída para todo o excesso de água que escoa no local.
Na extremidade do salão, uma cavidade modesta é conhecida como a “cama do Dr. Lund”. Conforme os relatos, Peter Lund passou três anos, de 1834 a 1837, na caverna e, possivelmente, utilizou essa cavidade para descansar, dada a ausência de civilização na área.
Neste salão, segundo relatos de naturalistas, foram encontradas ossadas de diversas espécies animais, incluindo a presa do tigre-dentes-de-sabre (Smilodon populator).
